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Sexta-feira, 15 de Agosto de 2025 - 09:09:54hs

Chefão do narcotráfico lavava dinheiro até com cavalos de raça

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Por Redação RegionalMS
Chefão do narcotráfico lavava dinheiro até com cavalos de raça

Além de apreender veículos, armas, celulares, computadores e documentos, agentes da Polícia Federal e da Receita Federal apreenderam pelo menos quatro cavalos de raça, avaliados entre R$ 200 mil e R$ 250 mil cada, pertencentes a William Alves Ribeiro, morador do condomínio Damha, em Campo Grande, e que está sendo apontado como chefe de uma quadrilha de narcotraficantes que atuava em Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais. 

Da casa do homem que se apresentava como empresário os agentes levaram dois veículos de passeio e um mini-bug na manhã desta quinta-feira durante a terceira fase da operação Contra-Ataque

Ao perceber que estava sendo alvo de uma operação policial, William jogou o celular e documentos pessoasis sobre o telhado da casa onde mora. Porém, os agentes estavam utilizando um drone e perceberam a ação do suspeito. Por isso conseguiram apreender aparelho, que agora será periciado.

Os policiais chegaram ao “empresário” depois de uma operação que resultou na prisão de um traficante no Triângulo Mineiro, em Minas Gerais. Com base nas mensagens do celular daquele traficante descobriram que o chefe do bando era o morador do condomínio de luxo de Campo Grande. 

Segundo a Polícia Federal, ele lavava parte do dinheiro com a compra e venda de cavalos que estavam em um haras às margens do anel viário, na região sul de Campo Grande. No local foram apreendidos quatro animais de raça, além de um reboque usado para o transporte dos equinos.

Ao todo, a operação resultou na prisão de quatro pessoas, além das apreensões feitas em mais 13 endereços, sendo doze em Campo Grande e um em Jaraguari. 

Entre as empresas que foram alvo da operação, boa parte em nome de familiares de William ou de supostos laranjas, estão a Aliança Transporte de Veículos, W.A.R Transportes, Play Motors, WR Martelinho, Conect Peças, Subprodutos Bovinos, Ateliê da Nana, Duas Nações Materiais para Construção, Lolya Moda Feminina, Stilo Diva e Embaplast.

Na residência de um dos envolvidos, no bairro Tijuca, foram apreendidos cinco veículos de luxo e sete armas de cano curto e uma de cano longo. O proprietário alegou ser colecionador (CAC), mas a investigação apontou que, além de drogas, a quadrilha também traficava armas e por isso todo o material foi apreendido. 

As contas bancárias de William Alves Ribeiro e de seu irmão, Welder Alves Ribeiro, foram bloqueadas e o saldo, sequestrado. As esposas dos dois também foram alvos da operação e tiveram os bens bloqueados. Welder aparece como dono da transportadora WAR, criada em 2015 e que atua principalmente no reboque de veículos. 

Segundo a investigação, as empresas dos suspeitos não tinham movimentação compatível com o volume de dinheiro que passava por elas, indicando que eram utilizadas para lavar o dinheiro proveniente do narcotráfico. 

Outro alvo da operação foi a empresa Embaplast, que oficialmente funciona na Rua Buarque de Macedo, 255, no Jardim Tijuca. Ela está registrada em nome de William Ribeiro, o chefe do bando, e de sua esposa, Nadja Tybusch Ribeiro. 

No local apontado como sede da empresa, porém, não existe qualquer indício de que ali exista algum tipo comércio de alimentos ou produtos de fumo, conforme apontam os registros oficiais da microempresa. 

GARAGEM MOVIMENTADA

Entre os alvos da operação também esteve a empresa Play Motors, que está registrada em nome de Adalto Rodrigues de Souza Júnior. Além da empresa, o próprio Adalto está sendo investigado, pois existe a suspeita de que seja “laranja” do chefão da quadrilha. 

Esta, ao contrário da Embaplast, existe no endereço apontado e imagens do google maps apontam que dezenas de veículos eram colocados à venda na esquina da Rua do Sul com a Gunter Hans, no bairro Coophamat, na região sudoeste de Campo Grande. 

Outra empresa que supostamente era utilizada para lavagem de dinheiro é a Martelinho Express, que funciona na Rua 14 de Julho, número 1.327, próximo da Avenida Fernando Corrêa da Costa, na região central de Campo Grande. Ela está registrada em nome de William, o chefão da quadrilha. 

A operação desta quinta-feira teve origem em uma apreensão de drogas feita ainda no segundo semestre de 2022, em Uberaba, em Minas Gerais. Depois disso, em novembro de 2023 foi realizada a primeira etapa da operação Contra-Ataque. 

Depois disso, em abril do ano passado aconteceu a segunda etapa. Naquela fase, cinco pessoas foram presas, todas em Uberaba por uma investigação que envolveu a Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Federal de Minas Gerais. 

E foi com base naquelas investigações que agora a investigação chegou ao chefe do Esquema, que levava uma vida de empresário bem sucedido morando no condomínio de alto padrão na região leste de Campo Grande. 

 

 

 

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