Professor destaca experiência emocionante em sítio arqueológico de Alcinópolis: “Uma das mais marcantes da minha vida

O professor de História Francisco Givanildo dos Santos, com mais de três décadas de atuação na educação básica, compartilhou em uma rede social a emoção vivida durante sua visita ao sítio arqueológico Gruta da Mesa, em Alcinópolis (MS). Ele acompanhou de perto os trabalhos de escavação realizados por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e classificou a experiência como uma das mais marcantes de sua trajetória profissional.

“Acompanhar atentamente um trabalho científico de escavação num sítio arqueológico foi uma das experiências mais emocionantes que aconteceu em minha vida profissional nos últimos anos”, escreveu Francisco em seu relato. Ele ressaltou que, durante anos, ensinou sobre a Pré-História por meio de livros didáticos e recursos audiovisuais, mas que nada se compara à vivência real no campo. “Vivenciar num sítio arqueológico, com arqueólogos e demais profissionais das ciências humanas, um trabalho de reconstituição do modo de vida de caçadores, coletores e pré-indígenas que viveram há 10 mil anos naquela região, é algo inesquecível.”

A visita aconteceu na última sexta-feira (25), quando Francisco e outros dois professores da rede pública de Campo Grande (Douglas Parra Sanches e Silvana Gil Parra Sanches) estiveram no Parque Natural Municipal Templo dos Pilares, localizado na Serra do Bom Jardim. O local, que reúne gravuras e pinturas rupestres com até 11 mil anos de antiguidade, é considerado um dos maiores patrimônios arqueológicos de Mato Grosso do Sul.

Durante a visita, os educadores acompanharam escavações conduzidas pela equipe coordenada pela professora Lia, da UFMS. “Uma equipe de profissionais fazendo ciência e desvendando nosso passado, contribuindo com o ensino, a pesquisa e a extensão, e também para geração de renda, o que pode ser potencializado com mais investimento e valorização da nossa cultura milenar”, destacou o professor Francisco.

Os demais professores também expressaram encantamento com a riqueza histórica e a receptividade da comunidade local. Silvana ressaltou a importância de levar outros professores e estudantes para conhecer o local. “Sempre quis vir a Alcinópolis e conseguimos chegar bem no momento em que a arqueologia está em andamento. Devemos divulgar esse lugar para que mais pessoas possam falar com propriedade sobre ele”, afirmou.

Francisco finalizou seu relato com gratidão: “Vamos conhecer a Capital Estadual da Arte Rupestre, Alcinópolis. Gratidão ao amigo Marcão, desbravador. Ao casal Douglas e Silvana, juntos nessa experiência arqueológica.”

O Templo dos Pilares está a cerca de 40 km da área urbana de Alcinópolis, com acesso por estrada de terra. O parque está aberto à visitação e é ideal para trilhas, caminhadas e estudos consolidando-se como destino de valor histórico, científico e turístico no estado.