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Sábado, 06 de Abril de 2024 - 19:35:28hs

Traições e viaturas policiais na ante sala das eleições.

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Por Manoel Afonso
Traições e viaturas policiais na ante sala das eleições.

POR CIMA: Claro, o fator nacional também pesou na iniciativa do vice governador Barbozinha em se filiar ao PSD do senador Nelsinho Trad. Hoje o PSD é a sigla com  maior número de prefeitos: 968; 15 senadores e 45 deputados federais. Na outra ponta o PSDB soma 345 prefeitos, embora tenha conquistado 531 prefeituras. Perda de 35%.

POR BAIXO: O futuro do PSDB é incerto. Falta-lhe uma liderança nacional como têm  PT e PL para influenciar nestas eleições. Perdeu o comando em São Paulo, seus nomes de peso envelheceram e o apoio dado a candidata Simone Tebet ao Planalto é visto como erro estratégico. A voz do ex-governador goiano Marconi Pirillo não chega as  grandes metrópoles.

ROBERTO RAZUK: Ex-deputado estadual entre 1987 e 1995 (pai do deputado Neno Razuk) tem uma visão atualizada do cenário político estadual. No papo que tivemos na Assembleia Legislativa falamos dos políticos e inclusive dos protagonistas do processo sucessório de Dourados. Pela sua experiência, suas opiniões são interessantes.

LUCAS DE LIMA: Indignado com a manobra da cúpula do PDT que tirou-lhe a chance de disputar a prefeitura de Campo Grande. Mas como tem mandato terá tempo para usar a janela partidária em 2026, quando optará por uma nova sigla. E mais: nas pesquisas tem avaliação positiva – o que prova seu crescente prestígio.

ANTÔNIO LACERDA: Encontrei o ex-Secretário de Governo na gestão de Marquinhos Trad (2017/2022) na prefeitura da capital. Admite que foi uma experiência   válida. Hoje, dedicando-se a advocacia, Lacerda assiste de camarote o embate eleitoral e sutilmente não opinou sobre a sucessão em Campo Grande. Até quando, não se sabe.

MESMICE: Nas redes sociais critica-se a crise no PL da capital devido a sede de poder do deputado federal Marcos Pollon.  Defensor da pratica ‘meu pirão primeiro’ – ele – com as bênçãos de Bolsonaro –  nomeou esposa e irmão para cargos de chefia do partido. Isso gerou descontentamento de partidários ingênuos que acreditavam em mudanças.

POUCA COISA? Quem morou no interior sabe como a oposição se comporta com episódios policialescos envolvendo adversários políticos em ano eleitoral. Aquele bafafá de viaturas policiais, sirene ligada, buscas por documentos e até prisões, apimenta os discursos e funciona como nitroglicerina. Esse caso de Sidrolândia é apenas mais um.

É FOGO!  Na política vale mais a versão do que o fato. Em se tratando em ano de eleições, a tese ganha mais veracidade. Como discutir aspectos processuais de uma denúncia, participar da campanha e evitar que os respingos atinjam seu grupo político? O acusado se transforma numa ‘poça d’água’.  Ele será evitado por receios óbvios.

SEGUNDO VOTO: Aí mora o perigo para os candidatos a prefeito dependentes da lealdade de seus companheiros postulantes ao legislativo. Na pratica o que se vê é  sacanagem. Ao abordar o eleitor, o candidato a vereança não fecha questão, nem vincula o seu voto ao voto do Executivo. Quase sempre ele ‘libera’ o eleitor para votar em quem quiser para prefeito.

SEM ILUSÕES: Ajuda, mas não é determinante o peso da chapa a vereança na vitória do candidato a prefeito. Quantos e quantos prefeitos foram eleitos tendo uma minoria de vereadores vencedores! O exemplo clássico ocorreu em 2012 (C. Grande) – os candidatos  a vereança eleitos em sua maciça maioria era do candidato  derrotado Edson Giroto.

OPINIÃO: Perguntei ao ex-vice governador Murilo Zauth (no evento do União Brasil) sobre o quadro político de sua Dourados. Ao seu estilo calmo respondeu: “agora acontece o leilão dos vereadores e a campanha de verdade mesmo só em julho. Antes disso muita especulação e blábláblá.”

ANIMAÇÃO:  Ingrediente que não faltou no evento de novas filiações do União Brasil nesta quinta nas dependências da Câmara Municipal de Campo Grande.  Deparei com vários personagens que trabalharam diretamente com o ex-prefeito Marquinhos Trad, numa sinalização clara de que Rose Modesto terá seu apoio através do PDT.

OUTRO ALIADO:   Nas conversas durante o citado evento as previsões apontam o apoio do PT à candidatura de Rose – que aliás já participa do Governo Lula através da  Sudeco. O que não está definido é o critério de escolha do companheiro de chapa de Rose. Um dado: em 2016 Rose obteve 41,23% dos votos contra 58,77% de Marquinhos Trad.

HERANÇA:  No saguão da Assembleia Legislativa discutiu se o destino dos votos do eleitor ‘bolsonarista’ no caso do candidato do PL não for ao 2º turno na capital. Várias opiniões, mas nenhuma com razões absolutas. Foi citada inclusive a hipótese de Bolsonaro ser preso antes das eleições, o que inflamaria seu antigo eleitorado.

DELÍRIOS:  Andaram exagerando nos vínculos de Bolsonaro com nosso Estado. Sem citar o Quartel de Nioaque, sobraria o que mesmo? Aliás, ele ficou devendo uma obra de envergadura, de peso para nós. Não sei até que ponto esse discurso de vitimização do Bolsonarismo funcionaria nas eleições municipais. Tenho dúvidas.

‘FALTA DE AR’:  O PT é bom para bolar manobras diversionistas nas mais diferentes situações. Foi assim na fuga de Mossoró, na crise da saúde, no ‘roubo’ dos móveis do Alvorada e na relação com Maduro. Agora especula-se o que o PT usará para poupar o ministro Rui Costa na farra dos respiradores de ar quando governava a Bahia.

A BATALHA: O aumento dos casos de câncer em regiões de lavouras, o uso de herbicidas, a contaminação dos cursos de água – são desafios atuais. Há uma proposta  na Assembleia Legislativa para normatizar a pulverização aérea das lavouras – que renderá debates. Cada deputado com suas razões. Só não vale se omitir. Certo?

DEDO NAS FERIDAS: Deputado Paulo Duarte (PSB) tem dois questionamentos ao Governo. O primeiro se refere ao aumento de trafego de caminhões com eucaliptos na Estrada (turística) Parque do Piraputanga, sem estrutura para tal. O segundo, é sobre a BR-262 sob risco de destruição no aterro entre Miranda e Corumbá devido ao trafego intenso dos treminhões com minério de ferro.

‘SEGURANÇA MÁXIMA’:  Sempre critico a qualidade da construção dos nossos prédios públicos. Feitos para durar pouco tempo.  Sendo paulista elogio os prédios de colégios e foruns da época de Jânio Quadros em São Paulo. Vendo os estragos da fuga do Presídio de Mossoró é fácil  comparar o nível das construções de ontem e de hoje. Aliás é preciso dar ‘um prémio’ ao engenheiro construtor da obra. Imaginem quanto ela custou. De leve.

PONTO FINAL:

A desobediência é uma virtude necessária a criatividade. (Raul Seixas)

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